segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Você é salvo pelo que você faz?

Paulo sintetiza o caminho da justificação: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” – Romanos 5.1.
§   Na obra “Dinâmicas da Vida Espiritual”, Richard Lovelace aponta uma incoerência recorrente no meio cristão. Ele afirma:
§  “Apenas uma pequena parte dos que se dizem Cristãos estão de fato apropriando a obra justificadora de Cristo em suas vidas. Muitos têm uma compreensão tão superficial da santidade de Deus e do tamanho de sua culpa que tem dificuldade de entender sua necessidade de justificação. Outros tem um compromisso teórico com essa doutrina (de justificação através da justiça imputada de Cristo), mas em sua existência dia-a-dia confiam em sua justificação pela sua santificação, de forma Agostiniana, derivando sua segurança de serem aceitos por Deus do fato de sua sinceridade, sua experiência de conversão, de seu desempenho religioso, ou do fato que estão cada vez menos pecando de forma consciente”.
§   O que se combate aqui é o entendimento de que nosso esforço pessoal produzirá em nós mérito suficiente para nos apresentarmos diante de Deus, o seja, combate-se a justificação pelas obras.
§   Paulo, embora extremamente zeloso no cumprimento dos preceitos farisaicos, descobriu um poder na graça jamais comparado a força da Lei. O foco de sua salvação deixa de estar naquilo que ele faz para pousar altaneiramente naquilo que Deus faz.

sábado, 29 de outubro de 2011

Viver pela fé!

Não se inquiete, não se preocupe, não fique ansioso – confie plenamente, integralmente, totalmente em Deus – porque Ele sabe exatamente do que você precisa.
Mesmo se as questões vitais para o ser humano desaparecerem, ainda assim a confiança em Deus nos manterá de pé. Aprendo muito, todos os dias, com a A oração de Habacuque 3.17 a 19:
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente”.
Hoje é dia de crer e pela fé viver!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

E SE?

Pedro, um dos mais atuantes discípulos de Cristo, se visto apenas no momento em que traiu Jesus, poderia se visto como um repugnante exemplar da raça humana, capaz de estar bem próximo de Deus e, posteriormente agir de forma dissimulada.
Elias, um dos mais combativos profetas do Antigo Testamento, se analisado somente na fase que pediu a morte e buscou se esconder da humanidade, embora tenha sido ricamente usado pelo Senhor quando enfrentou os profetas de baal no Monte Carmelo, poderia ser interpretado como um homem sem fibra e sem uma fé atuante.
Paulo, o apóstolo dos gentios, personagem de uma das mais lindas conversões registradas na Bíblia, se observado unicamente no episódio em que cuidava das vestes do Diácono Estevão quando este morria apedrejado, poderia ser tido como um assassino cruel e frio.
Pela graça de Deus, do ponto de vista divino, a nossa vida é um conjunto de cenas, que somadas produzem a nossa história. Vivemos períodos complicados e ruins quando longe do Senhor. O resultado desse tempo são cenas marcadas pelo pecado, que produziram tristeza, aflição e muita dor. Se pudéssemos arrancaríamos essas cenas da nossa história. Assim se revela a misericórdia de Deus. Apesar de tudo isso e por causa do seu grande amor, somos cuidados por Deus de uma forma generosa e cheia de vida. Em Deus podemos ver novas cenas sendo vividas e uma maravilhosa alegria contagiar nossa existência a ponto de querermos viver longamente novas e poderosas experiências com o Senhor.
Duas lições simples: 1) Assim como o Senhor não toma as cenas da minha vida como se fosse o filme todo, assim devo agir com as demais pessoas. Há sempre uma nova chance de ver outras cenas nas pessoas. 2) Há esperança para os que já viveram cenas deploráveis e que gostariam muito que tudo fosse apagado. O Senhor nos dá HOJE uma oportunidade especial de começar um novo filme. Comece fazendo uma breve oração: “Senhor, reconheço que já protagonizei cenas que gostaria que jamais tivessem acontecido. Peço perdão e ajuda ao Senhor. Quero agir com simplicidade e obediência, indo sempre após o Senhor. Em nome de Jesus. Amém!” Vamos caminhar juntos, pela fé e para glória de Deus, seguindo Jesus!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A cena do filme.

Seria cruel e simplista dizer que somos o que falamos. Seria apenas um retrato ou uma cena de um filme. Contudo, não são as partes que nos ajudam a entender o filme todo? Não são as cenas da vida que nos revelam que tipo de vida nós vivemos? Estas partes ou cenas da vida devem ser detalhadamente analisadas em um processo que nos permita reconhecer erros, identificar soluções e melhorar sempre.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A língua venenosa.

A maledicência é uma arma estrategicamente usada pelo diabo para desconstruir relacionamentos e prejudicar pessoas. Em geral é uma impiedosa ação, cheia de covardia e péssimas intenções. Surpreende saber que pessoas permitam ser usadas pelo inimigo, apesar de tantas evidencias do amor de Deus por elas. Talvez algumas não saibam que de tanto falar da vida alheia acabam elas mesmas contaminadas. No fim viram caricaturas do que poderiam ser espiritualmente. Acham que estão vivas, mas no lugar do sangue o que corre é veneno. O mesmo que ainda poderá matá-las.  

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Salvação pelas obras.

Impressiona ver um crescente número de pessoas que vivem como se acreditassem que seus méritos resultarão na salvação de suas vidas. Uma reflexão mínima é capaz de mostrar que se fosse esta a idéia: Jesus não precisaria ter morrido na cruz. O ponto é: em razão da absoluta incapacidade humana de produzir pelas obras a salvação é que a obra de Cristo se tornou realidade na história da humanidade. Estou certo que a maioria concordará, mas infelizmente, embora tenhamos este conhecimento intelectual, na prática muitos defendem a tese da salvação pelas obras, ou seja, resultado do esforço humano.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A grande virada.

Há quem não freqüente regularmente uma Igreja Cristã, mas ainda assim conheça de cor um dos versos mais conhecidos de toda a Bíblia: João
3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Nesta frase, dita por Jesus numa conversa com Nicodemos, um importante religioso judeu, encontra-se o ponto mais alto da revelação divina. O Senhor resolveu manifestar seu amor de uma forma extraordinária ao enviar Seu Filho Jesus para viver em nosso meio, compartilhar sua mensagem maravilhosa e através de suas atitudes levar o ser humano de volta à presença de Deus.
Em Romanos 3.23 lemos: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. O Rei Davi no Salmo 51.5 confessa: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”. Estes textos apontam a existência do pecado no ser humano desde seu nascimento. Antes de Cristo o perdão era alcançado através de sacrifícios de animais. No cristianismo o Cordeiro, Cristo, foi morto para propiciar o perdão. Desta maneira, o envio de Jesus significa o resgate, o perdão dos pecados e o caminho de volta aos braços do Pai. Colossenses 2. 13 a 15 ensina: “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.
O caminho para Deus é Jesus Cristo. Observe que o caminho para Deus não é a religiosidade. Há algo mais poderoso na vida espiritual! Ao conhecer Jesus, através do amor de Deus, vamos perceber o poder do perdão, que joga práticas que desagradam a Deus, vividas no passado, algumas que parecem nos acorrentar, no mais profundo mar de onde jamais podem voltar. O evangelho de Jesus nos permite entender que embora nascidos no pecado, e ainda pecando, não somos mais escravos do pecado a ponto de não termos outra opção. Esta é mais uma das muitas manifestações do amor de Deus. O Senhor nos ama ainda na prática do pecado. Veja o que está registrado em Efésios 2.1 a 3: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”. A grande virada acontece por causa do amor, conforme lemos nos versos 4 a 7: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;  para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus”. Toda esta ação foi motivada pelo amor. O grande e maravilhoso amor de Deus por gente como você e eu.

O caminho da redenção.


                Não há como imaginar a história da humanidade sendo contada sem a presença de Jesus Cristo. Ele, mais que dividir a história, é a razão da própria história. Em João 1.3 lemos: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”.  A relação entre a graça e a redenção, parece muito clara, quando vemos que pela graça o caminho da redenção foi aberto para os eleitos. Essa afirmação é registrada em Romanos 3. 24: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” e II Co 8.9, quando diz: “... pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”.

                Ao escrever aos romanos, Paulo afirma: “pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” - 3.23 e 24. A justiça que sobrepõe à injustiça é completamente resultante da graça de DEUS. Não há no ser - humano nenhum tipo de mérito nesse campo, no entanto em função da graça somos considerados perdoados e puros diante de DEUS. Parece ficar bem claro quando vemos que não merecemos, mas por alguma razão recebemos. Essa razão é a graça.

                Somos, então, salvos pela graça, não há nenhum merecimento para que alcancemos a salvação. Esta não depende de nenhuma condição, mas é aplicada pura e simplesmente pela graça de DEUS Pai. Lucas relatando os Atos dos Apóstolos diz: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus...” - Atos 15.11. Um pouco mais adiante lemos: “... auxiliou muito aqueles que mediante a graça haviam crido” Atos 18.27. A graça é o caminho para a fé, e para salvação.

                A carta aos Gálatas é uma apologia a graça. No começo da carta, Paulo faz um desabafo: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho” - Gálatas 1.6. Durante toda a carta faz várias referências à graça, até que no encerramento deseja que a graça do Senhor Jesus Cristo esteja com todos. Muitos dos irmãos daquela época estavam se amarrando à Lei, ao invés de mergulharem na graça. Ainda hoje muitos trilham no mesmo erro, em função de um legalismo cultural ou baseado em gostos pessoais. É preciso viver a graça, afinal somente através dela que somos salvos, justificados e redimidos. Colossenses 1.20: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus”.

 



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Para ser um vencedor no mundo espiritual.


Como Jesus resistiu à tentação elaborada pelo diabo? A sua resposta a esta pergunta é muito importante. Releia o que o evangelista Mateus registrou sobre o acontecimento: “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse...” – Mateus 4. 1 a 3.
                Observe que a tentação parecia ser parte de um projeto maior. O Filho de Deus, Jesus Cristo, precisava passar pelo deserto da tentação. Perceba que Jesus não foi tentado por Deus, mas pelo diabo. Aliás, Tiago 1.13 declara: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta”. A vitória de Cristo sobre a tentação abriu o caminho para que cristãos no mundo inteiro desfrutassem da mesma bênção. A derrota do diabo naquele deserto, e ainda hoje, se dá pela força e poder da Palavra de Deus. As respostas bíblicas sacudiram o império das trevas.
“Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”. Assim foi a primeira abordagem do tentador. Lembre-se que Cristo “depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome”.  A tentação era a de utilizar a qualidade de Filho de Deus para satisfazer sua fome, sem levar em conta o desígnio divino. O que estava em jogo não era aquele momento, porém a vida inteira de todos os eleitos de Deus. Apesar de ser um problema grave e sério, havia uma questão mais ampla e significativa. A resposta de Jesus foi: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Jesus citou o texto de Deuteronômio 8.3: “Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem”.
Qual teria sido a importância do texto bíblico para Cristo naquele momento? A Bíblia é comparada a uma espada: “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” – Efésios 6.17. O uso da Palavra poderia ser comparado ao da espada. Não no sentido literal, como fez Pedro com a orelha do soldado Malco, segundo João 18.10: “Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco”. O uso da espada, que é a Palavra, foi o primeiro golpe sofrido pelo tentador. A mesma dinâmica se seguiu: “Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”.
A necessidade de conhecer a palavra é óbvia, mas ainda hoje muitos crentes não dedicam tempo diário para o exercício do estudo da Bíblia. Esta situação torna pessoas bem intencionadas em alvos fáceis e vulneráveis a ação do inimigo das nossas almas que tem por objetivo nos afastar da presença de Deus. Alguns têm experiências ótimas com o Senhor, mas descuidam do exame das Escrituras e são atingidos pelos dardos inflamados do tentador.
Para ser um vencedor no mundo espiritual é fundamental ter intimidade com a Bíblia. Em 2 Timóteo 2.15 lemos: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Grandes vitórias acontecem ao som das Sagradas Escrituras. Estude, medite, memorize e vida intensamente a alegria de conhecer a Bíblia Sagrada. Em nossa igreja você tem muitos meios para crescer no conhecimento bíblico. Um deles é a Escola da Palavra, que inicia hoje, às 19 horas, no prédio anexo ao templo, a temporada 2011. Aproveite esta oportunidade de Deus e seja um vencedor.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Família a partir do Corpo Vivo de Cristo


I Coríntios 12. 27 a 31


1.      A diversidade explícita nos dons e nos servos.
      ·         A diversidade dos dons implica em serviço diferente.
·         Serviço diferente revela servos diferentes.
      ·         O Corpo de Cristo com esta diversidade de dons e servos é onde não há lugar para escravo e senhor, patrão e empregado, local e estrangeiro, mas todos são importantes e merecem respeito e cuidado.
·         Em Filemom lemos como Paulo determinou a Onésimo: “Não como escravo; antes muito acima de escravo, como irmão caríssimo”.

2.      Somos muito diferentes. Ninguém é igual a você.
             ·         Pare de querer que as pessoas sejam iguais a você!
·         Há diferenças generosas entre todas as pessoas por mais que sejam parecidas. O ineditismo de Deus é amplamente aplicado na criação dos seres humanos e nas possibilidades de crescimento e aprendizado.
·         A partir desta premissa a igualdade é uma realidade nos direitos e responsabilidades, mas raramente nas características, especialmente quando há distância de tempo.

              3. Não julgue ninguém a partir de seus conceitos.
         ·         Temos a Bíblia como referencial e ela nos ensina a viver e inclusive a não julgar. Quem julga aos outros a partir de seus valores pessoais, fruto de vivência e influências, quer externar o papel da perfeição, do modelo imaculado, sem faltas ou erros, muito menos pecado.
·           A nossa imperfeição nos impede de exigir perfeição de outros. Esta realidade nos leva a jamais julgar os demais. E isto por dois motivos: 1) Julgar foi condenado por Jesus; 2) Não há em nós perfeição para apontar defeitos alheios. Em geral, as pessoas que julgam os defeitos de outros expõem, sem perceber, os seus próprios.

                  4. Ninguém é igual a ninguém. Ninguém é igual sempre.
                    ·         Mudamos e somos mudados.
·        As transformações resultam dos embates, influências e rupturas da vida. Observe em Gênesis 32 e 33 a linda evidencia de mudança nos irmãos Jacó e Esaú. Apesar dos problemas sofridos no passado, ambos foram mudados e moldados pelo Senhor. Não foi o tempo que os mudou, mas ao longo do tempo eles experimentaram ações de Deus que produziram um dos reencontros mais lindos da história bíblica. Sugiro que você leia o texto.

                 5. As nossas diferenças apontam para a nossa completitude.
    ·         Nossas diferenças revelam que precisamos um do outro e que a vida foi feita para se viver as diferenças.
·         O fato de sermos tão diferentes e termos algumas afinidades é que nos aproxima. Somente somos completos quando desfrutamos do diferente que há no próximo. Na comunhão proposta pela Bíblia há a mistura de dons e talentos que o Senhor deu a cada um dos seus amados. A síntese desta fantástica mistura é a Igreja.

Um abração do pastor,
Rev. Jr. Vargas

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Não sou bom demais para viver o cristianismo ou ruim demais para precisar dele.

Na frase acima estão duas concepções interessantes, contraditórias e equivocadas. Ambas estão presentes na atmosfera religiosa, na qual estamos originalmente mergulhados.
Não ser bom demais para viver o cristianismo tipifica a idéia de exigência de uma espécie de bondade mínima ou maldade máxima para ser recebido por Deus. Esta concepção tem fundamentos na meritocracia humana, que por sua existência invalida a justificação pela graça. Em nossa Confissão de Fé afirmamos que “esta justificação não consiste em Deus infundir neles a justiça, mas em perdoar os seus pecados e em considerar e aceitar as suas pessoas como justas. Deus não os justifica em razão de qualquer coisa neles operada ou por eles feita, mas somente em consideração da obra de Cristo”. Não há, nos mais santos que sobre terra vivem ou viveram, exceto Jesus Cristo, sombra de perfeição.
Não ser ruim demais para precisar dele reflete a criação ilusória de que exista um grupo que precisa e outro que não precisa de Deus e o critério definidor seria a bondade.  Esta interpretação leva a crer que pessoas boas não precisam desenvolver um relacionamento com Deus por estarem inseridas em um patamar diferenciado dos demais. Ledo engano. O que nos leva à presença de Deus e a alegria de vivermos o cristianismo é a bondade de Cristo e sua obra perfeita na cruz do calvário. A bondade humana não existe por si própria. Ela é um reflexo da bondade de Deus. O Senhor, que é bom, permite que sua bondade seja desfrutada pelos que se consideram ou não bons. Graças a Deus que o critério não é nosso, mas do Senhor.
A síntese de Paulo impressiona: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” – II Coríntios 19 e 21 . O mesmo Paulo escreve a Tito: “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” – Tito 3. 5 a 7.

                Apesar de nós, e somente por meio de Cristo, desfrutamos da indizível alegria do evangelho. Aliás, quanto mais perto da cruz de Cristo mais facilmente percebemos quem somos. Os que se consideram bons demais descobrem o que se encontra escondido nas catacumbas do nosso ser. Os que se consideram ruins deparam-se com a bondade desmedida de Deus. Ambos, embora opostos, sentem-se na mesma situação: amados e envolvidos na bondade extrema, condicional e incomparável de Deus.

Um abração,
Pastor Jr. Vargas






segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Casou no namoro e não namorou no casamento.

Dizem por aí que é muito difícil encontrar um garoto ou garota evangélica que ainda seja virgem. É o que ouço em palestras pelas igrejas. As raras pesquisas apontam uma intensa vida sexual no meio de jovens crentes. Antes de acreditar nesta afirmativa, eu a discuto. Será que isso é verdade? Será que o pessoal está transando mesmo? Quem são estes? São os nascidos no evangelho ou os recém chegados? Vivemos um grande crescimento quantitativo da fé cristã no Brasil. Seriam esses novatos na comunidade que ainda mantém velhas práticas pecaminosas? É possível, mas não tenho como aferir com segurança. Entretanto, ouso insinuar que esta não me parece ser a realidade.
Os novos convertidos, e convertidos mesmo, são convencidos pelo Espírito Santo de seus pecados, os confessam, abandonam e se lançam para uma nova vida. Ora, se preferissem a velha vida, porque teriam abraçado a nova? Eu sei que há uma luta entre carne e espírito. Sei que o próprio Apóstolo Paulo num rompante de sinceridade e franqueza abriu o coração ao dizer que o mal estava sempre diante dele. Que mal tão mal é esse que não resiste nem à fé de Paulo? Para quem está em pé há sempre a chance de cair. Aliás, há muito mais chances para se cair do que para se estar de pé. A física neste ponto nos ajuda a entender o mundo metafísico.
A luta contra o pecado do novo convertido tem um aliado que é também adversário. A experiência, a vivência deu-lhe mostras do prazer encontrado no pecado. Contudo, da mesma forma lhe mostrou o sofrimento advindo dessa prática. Os nascidos na igreja lutam contra um problema maior. Eles lutam contra o desejo, mesmo que não o tenham praticado e contra as fantasias geradas no seu íntimo. Batalham contra a pressão de uma sociedade cada vez mais livre. Sentem-se forçados a fazer. Acham-se impotentes diante de tanta potência. E o pior momento desta crise é quando desejam ser aqueles novos convertidos. Aqueles que vieram do mundo. Não pelo que sentem hoje, mas pelo que puderam fazer antes de entrarem para a igreja. Nasce um ciúme. Gostariam de ter uma chance assim. Fazer tudo de errado e em algum momento conhecerem a Jesus e irem para a igreja. Porque há tantos querendo ser hoje o que outros foram ontem? Estou insinuando explicitamente que a maioria dos que lidam livremente com a questão sexual na juventude evangélica brasileira são crentes nascidos e criados na igreja. Gente que sabe de cor os hinos e cânticos da moda. Gente que decorou os versículos principais. Gente que ora com palavras bonitas e bem usadas. Gente que vive de passado. Gente que perdeu o brilho. Gente sem vida. Gente que aprendeu a lidar com o sublime e este não faz mais diferença. Gente que não sabe respeitar e honrar a autoridade pastoral. Há exceções. Muitas. Milhares e milhares. Eu creio! Mas ainda há muitos achando que mais vale o prazer do momento que o eterno. Alguns que trocam banquetes por manjares, dizendo não a Jesus e sim ao diabo. Quero honrar os que nasceram de novo.  Soldados que lutam bravamente contra si mesmos e o fazem por que encontraram motivações maiores. Não sei se de fato está havendo esta tal vida sexual ativa entre os jovens evangélicos. Pode ser um exagero. Talvez seja um engano e até este texto seja desnecessário. Pode ser que os que nasceram na igreja tenham em algum momento experimentado a conversão em Jesus. Quem sabe tenham até caído em pecado, mas não ficaram lá. Há chances de terem sido derrotados pelo desejo, mas não ficaram prostrados. Quem conhece a Jesus Cristo, há muito ou pouco tempo, sabe que o homem pode cair, mas o levantar pertence ao Senhor. Não há nada que não possa ser controlado, quando estamos com aquele que tem toda autoridade. Estaria a juventude cristã vivendo em promiscuidade? Deixar velhas práticas é tão difícil quanto deixar de querer novas. Há muita gente casando no namoro e não namorando no casamento. Mas este é um assunto para um outro artigo. Até lá e que Deus te abençoe! 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Depende

“Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”. Romanos 9.16  

                Seria terrível se a minha vida eterna dependesse de mim. Se dependesse do meu querer ou de meu esforço jamais chegaria a alcançá-la. Estaria longe de mim e a distancia aumentaria ainda mais por minha própria causa. Estas não são afirmações que endossam a sonolência espiritual e a frieza na busca de um relacionamento com o Senhor. Nosso crescimento espiritual está na caminhada com Deus. Os discípulos amadureceram durante o período em que estiveram ao lado de Jesus. É inegável que esta mudança para melhor continua acontecendo hoje na vida de muitos irmãos e irmãs. Contudo, a nossa ênfase está na ação de Jesus e sua centralidade na salvação do ser humano.
         I.            A centralidade de Cristo:
a.       O perdido que foi achado.
§  O evangelho de Lucas relata a mudança sofrida por Zaqueu, um famoso corrupto dos tempos de Cristo. O Mestre vai à casa dele e ali vivencia a Sua mensagem. Assim lemos em Lucas 19.9 e 10: “Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. A lógica é simples, porém não simplista. O perdido foi salvo porque foi buscado. Não se fala da busca do perdido, mas a busca ao perdido. 
b.       O perseguidor que foi transformado.
§  A conversão de Paulo é um valioso exemplo da centralidade de Jesus na salvação. Não há nenhum indício de que o então Saulo de Tarso buscasse uma experiência com Jesus. Assim lemos em Atos 9.3 a 5: “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues”. Observe o encaminhamento dado por Jesus: o perseguido foi ao encontro do perseguidor. Embora Saulo respirasse “ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor”, Jesus foi ao encontro dele para usá-lo poderosamente para anunciar a mensagem que ele por tanto tempo combateu: “este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel”.

       II.            A coadjuvação humana:
a.     A decisão humana.
§  Ao assumirmos que a centralidade da salvação está em Jesus também nos cabe assimilar o papel de coadjuvante que está reservado para os seres humanos. A decisão de ser salvo não está no homem ou na mulher. Jesus, ao falar sobre o Espírito Santo, afirma em João 16.8: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. Ao sermos convencidos por Ele confessamos Jesus Cristo e passamos a segui-Lo. Em 1 João 4.19 está registrado: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”. A revelação de Deus precede a decisão humana.
b.     A resposta humana.
§  Numa inusitada conversa de Jesus e uma mulher samaritana algumas revelações são fantásticas. Lemos em João 4. 6 a 15: “Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la”. Ao diálogo proposto por Jesus a mulher responde querer a água viva. As mudanças na vida daquela mulher, que o texto mais adiante relata, revelam que ela bebeu da água que foi a ela oferecida. Ela não tinha como recusar por causa da sede que nela já havia. Sabe qual a origem daquela sede? Cristo foi a resposta para as questões daquela mulher.

Um abração,


Rev. JR. Vargas

O MINISTÉRIO DA MATERNIDADE


“E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos”. Gênesis 3.20  



                No Gênesis da vida, Deus criou a mulher e fez dela mãe. A maternidade de Eva precedeu a sua primeira gravidez. Parece uma indicação de que o ser maternal independe do ser mãe. Esta atribuição divina dada à mulher faz parte de sua essência e revela uma nobre e estupenda missão concedida pelo Criador.
               
                Esta é uma das razões da revolta que nos assalta quando descobrimos que uma mãe rejeitou um filho, que o jogou numa lagoa, que o largou numa lata de lixo, que o deixou na porta de uma residência ou que o escondeu num terreno baldio. Agride a concepção geral da mulher e seu perfil maternal saber da violência doméstica contra crianças, que inocentes, ingênuas e indefesas recebem golpes brutais na carne e na alma.

                Mães não agem assim, pensamos. Mães cuidam, zelam, velam, defendem, acolhem, abraçam, protegem. Maria, mãe de Jesus, foi com ele até a cruz. No tempo mais difícil da existência de seu primeiro filho, lá estava ela. Ainda que corresse riscos. Ainda que pudesse ser também presa. Ainda assim, Maria estava junto a Jesus.

                Ana, mãe de Samuel, já era mãe antes da gestação, e ainda seria se jamais tivesse engravidado. O mesmo pode ser dito a respeito de Sara, Rebeca, Raquel e tantas outras mulheres cujos relatos são descritos na Palavra de Deus, que compartilha a respeito de mulheres sábias, servas abençoadas, que mesmo sem gerar filhos, são mães, ao exercerem o ministério da maternidade. 

                Mulheres são maternais desde que nascem. Cedo, ao brincarem com as bonecas, as tratam como filhas. Fica evidente a relação estreita entre mulher e maternidade. O Senhor as criou assim. Nisso reside um propósito lindo de Deus ao dar à mulher uma missão, que embora desgastante, é nobre e honrada. O exercício desse ministério da maternidade recebe de Deus um fortíssimo encorajamento, aliado a uma capacitação singular.

               A mãe de todos os seres humanos nasceu das mãos de Deus. As suas filhas, em todos os tempos, herdaram dela um maravilhoso ministério da maternidade, mesmo que delas não gerem filhos, tantos outros perto estão à espera e na dependência de suas suaves e ternas ações.

Um abração,

Rev. Jr. Vargas

O conceito de “aceitabilidade”.


O conceito de aceitabilidade precisa ser claramente entendido à luz do cristianismo. Enquanto a maioria das pessoas quer ser aceita pelo próximo e, para alcançar este objetivo faz de tudo, o mesmo raciocínio não pode, mas vem sendo aplicado dentro do cristianismo.

Uma pergunta atravessa nossos debates existenciais: O que pensam de mim? A intenção, em algumas ocasiões, está na tentativa de nos moldarmos ao modelo idealizado por alguém para a minha vida. Este processo se fundamenta no desejo de ser aceito, de se tornar aceitável e assim vivenciar o conceito de aceitabilidade. Esta questão se dá em maior ou menor intensidade dependendo da faixa etária ou da estima de um indivíduo. Parece ser normal acontecer em algumas fases da vida, mas jamais a vida toda.

A transição da aceitabilidade social para a espiritual brota da conclusão ilógica que se para ser aceito por alguém necessito fazer algo, também preciso fazer algo para ser aceito por Deus. Esta perspectiva quebra o princípio bíblico de que o Senhor tomou a iniciativa do relacionamento com o ser humano. Para exemplificar, a Carta de Paulo aos Efésios assim registra: “1.3: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 1.4: assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”. No capítulo seguinte lemos: “2.1: Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2.2: nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”. A escolha de Deus acontece antes do ser humano existir e a iniciativa é inteiramente Dele.

O conceito de aceitabilidade aplicado ao cristianismo está fundamentado no esforço humano para ser aceito por Deus. A pergunta que me parece oportuna fazer é: O que posso fazer para ser aceito por Deus? Entendo que não existe ação humana que fará com que Deus nos aceite. Nenhuma obra minha me dará a garantia de que o Senhor, por causa do meu esforço, do meu empenho, me receberá em Sua presença. O cristianismo nos dá a maravilhosa notícia de que somos aceitos. Simplesmente aceitos. O Senhor nos aceitou baseado em Seu amor, não em uma atitude humana.

Você foi aceito por Deus. Não importa o que tenha feito no passado. O amor de Deus nos constrange exatamente por conta de sua generosidade. Apesar de quem somos Ele nos ama. Apesar de nossa história, foi a nós que Deus amou em Jesus. As mudanças em nossa vida não são realizadas para sermos aceitos, mas exatamente por já termos sido aceitos.

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Rev. Jr. Vargas