segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Você é salvo pelo que você faz?

Paulo sintetiza o caminho da justificação: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” – Romanos 5.1.
§   Na obra “Dinâmicas da Vida Espiritual”, Richard Lovelace aponta uma incoerência recorrente no meio cristão. Ele afirma:
§  “Apenas uma pequena parte dos que se dizem Cristãos estão de fato apropriando a obra justificadora de Cristo em suas vidas. Muitos têm uma compreensão tão superficial da santidade de Deus e do tamanho de sua culpa que tem dificuldade de entender sua necessidade de justificação. Outros tem um compromisso teórico com essa doutrina (de justificação através da justiça imputada de Cristo), mas em sua existência dia-a-dia confiam em sua justificação pela sua santificação, de forma Agostiniana, derivando sua segurança de serem aceitos por Deus do fato de sua sinceridade, sua experiência de conversão, de seu desempenho religioso, ou do fato que estão cada vez menos pecando de forma consciente”.
§   O que se combate aqui é o entendimento de que nosso esforço pessoal produzirá em nós mérito suficiente para nos apresentarmos diante de Deus, o seja, combate-se a justificação pelas obras.
§   Paulo, embora extremamente zeloso no cumprimento dos preceitos farisaicos, descobriu um poder na graça jamais comparado a força da Lei. O foco de sua salvação deixa de estar naquilo que ele faz para pousar altaneiramente naquilo que Deus faz.

sábado, 29 de outubro de 2011

Viver pela fé!

Não se inquiete, não se preocupe, não fique ansioso – confie plenamente, integralmente, totalmente em Deus – porque Ele sabe exatamente do que você precisa.
Mesmo se as questões vitais para o ser humano desaparecerem, ainda assim a confiança em Deus nos manterá de pé. Aprendo muito, todos os dias, com a A oração de Habacuque 3.17 a 19:
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente”.
Hoje é dia de crer e pela fé viver!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

E SE?

Pedro, um dos mais atuantes discípulos de Cristo, se visto apenas no momento em que traiu Jesus, poderia se visto como um repugnante exemplar da raça humana, capaz de estar bem próximo de Deus e, posteriormente agir de forma dissimulada.
Elias, um dos mais combativos profetas do Antigo Testamento, se analisado somente na fase que pediu a morte e buscou se esconder da humanidade, embora tenha sido ricamente usado pelo Senhor quando enfrentou os profetas de baal no Monte Carmelo, poderia ser interpretado como um homem sem fibra e sem uma fé atuante.
Paulo, o apóstolo dos gentios, personagem de uma das mais lindas conversões registradas na Bíblia, se observado unicamente no episódio em que cuidava das vestes do Diácono Estevão quando este morria apedrejado, poderia ser tido como um assassino cruel e frio.
Pela graça de Deus, do ponto de vista divino, a nossa vida é um conjunto de cenas, que somadas produzem a nossa história. Vivemos períodos complicados e ruins quando longe do Senhor. O resultado desse tempo são cenas marcadas pelo pecado, que produziram tristeza, aflição e muita dor. Se pudéssemos arrancaríamos essas cenas da nossa história. Assim se revela a misericórdia de Deus. Apesar de tudo isso e por causa do seu grande amor, somos cuidados por Deus de uma forma generosa e cheia de vida. Em Deus podemos ver novas cenas sendo vividas e uma maravilhosa alegria contagiar nossa existência a ponto de querermos viver longamente novas e poderosas experiências com o Senhor.
Duas lições simples: 1) Assim como o Senhor não toma as cenas da minha vida como se fosse o filme todo, assim devo agir com as demais pessoas. Há sempre uma nova chance de ver outras cenas nas pessoas. 2) Há esperança para os que já viveram cenas deploráveis e que gostariam muito que tudo fosse apagado. O Senhor nos dá HOJE uma oportunidade especial de começar um novo filme. Comece fazendo uma breve oração: “Senhor, reconheço que já protagonizei cenas que gostaria que jamais tivessem acontecido. Peço perdão e ajuda ao Senhor. Quero agir com simplicidade e obediência, indo sempre após o Senhor. Em nome de Jesus. Amém!” Vamos caminhar juntos, pela fé e para glória de Deus, seguindo Jesus!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A cena do filme.

Seria cruel e simplista dizer que somos o que falamos. Seria apenas um retrato ou uma cena de um filme. Contudo, não são as partes que nos ajudam a entender o filme todo? Não são as cenas da vida que nos revelam que tipo de vida nós vivemos? Estas partes ou cenas da vida devem ser detalhadamente analisadas em um processo que nos permita reconhecer erros, identificar soluções e melhorar sempre.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A língua venenosa.

A maledicência é uma arma estrategicamente usada pelo diabo para desconstruir relacionamentos e prejudicar pessoas. Em geral é uma impiedosa ação, cheia de covardia e péssimas intenções. Surpreende saber que pessoas permitam ser usadas pelo inimigo, apesar de tantas evidencias do amor de Deus por elas. Talvez algumas não saibam que de tanto falar da vida alheia acabam elas mesmas contaminadas. No fim viram caricaturas do que poderiam ser espiritualmente. Acham que estão vivas, mas no lugar do sangue o que corre é veneno. O mesmo que ainda poderá matá-las.  

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Salvação pelas obras.

Impressiona ver um crescente número de pessoas que vivem como se acreditassem que seus méritos resultarão na salvação de suas vidas. Uma reflexão mínima é capaz de mostrar que se fosse esta a idéia: Jesus não precisaria ter morrido na cruz. O ponto é: em razão da absoluta incapacidade humana de produzir pelas obras a salvação é que a obra de Cristo se tornou realidade na história da humanidade. Estou certo que a maioria concordará, mas infelizmente, embora tenhamos este conhecimento intelectual, na prática muitos defendem a tese da salvação pelas obras, ou seja, resultado do esforço humano.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A grande virada.

Há quem não freqüente regularmente uma Igreja Cristã, mas ainda assim conheça de cor um dos versos mais conhecidos de toda a Bíblia: João
3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Nesta frase, dita por Jesus numa conversa com Nicodemos, um importante religioso judeu, encontra-se o ponto mais alto da revelação divina. O Senhor resolveu manifestar seu amor de uma forma extraordinária ao enviar Seu Filho Jesus para viver em nosso meio, compartilhar sua mensagem maravilhosa e através de suas atitudes levar o ser humano de volta à presença de Deus.
Em Romanos 3.23 lemos: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. O Rei Davi no Salmo 51.5 confessa: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”. Estes textos apontam a existência do pecado no ser humano desde seu nascimento. Antes de Cristo o perdão era alcançado através de sacrifícios de animais. No cristianismo o Cordeiro, Cristo, foi morto para propiciar o perdão. Desta maneira, o envio de Jesus significa o resgate, o perdão dos pecados e o caminho de volta aos braços do Pai. Colossenses 2. 13 a 15 ensina: “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.
O caminho para Deus é Jesus Cristo. Observe que o caminho para Deus não é a religiosidade. Há algo mais poderoso na vida espiritual! Ao conhecer Jesus, através do amor de Deus, vamos perceber o poder do perdão, que joga práticas que desagradam a Deus, vividas no passado, algumas que parecem nos acorrentar, no mais profundo mar de onde jamais podem voltar. O evangelho de Jesus nos permite entender que embora nascidos no pecado, e ainda pecando, não somos mais escravos do pecado a ponto de não termos outra opção. Esta é mais uma das muitas manifestações do amor de Deus. O Senhor nos ama ainda na prática do pecado. Veja o que está registrado em Efésios 2.1 a 3: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”. A grande virada acontece por causa do amor, conforme lemos nos versos 4 a 7: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;  para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus”. Toda esta ação foi motivada pelo amor. O grande e maravilhoso amor de Deus por gente como você e eu.

O caminho da redenção.


                Não há como imaginar a história da humanidade sendo contada sem a presença de Jesus Cristo. Ele, mais que dividir a história, é a razão da própria história. Em João 1.3 lemos: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”.  A relação entre a graça e a redenção, parece muito clara, quando vemos que pela graça o caminho da redenção foi aberto para os eleitos. Essa afirmação é registrada em Romanos 3. 24: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” e II Co 8.9, quando diz: “... pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos”.

                Ao escrever aos romanos, Paulo afirma: “pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” - 3.23 e 24. A justiça que sobrepõe à injustiça é completamente resultante da graça de DEUS. Não há no ser - humano nenhum tipo de mérito nesse campo, no entanto em função da graça somos considerados perdoados e puros diante de DEUS. Parece ficar bem claro quando vemos que não merecemos, mas por alguma razão recebemos. Essa razão é a graça.

                Somos, então, salvos pela graça, não há nenhum merecimento para que alcancemos a salvação. Esta não depende de nenhuma condição, mas é aplicada pura e simplesmente pela graça de DEUS Pai. Lucas relatando os Atos dos Apóstolos diz: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus...” - Atos 15.11. Um pouco mais adiante lemos: “... auxiliou muito aqueles que mediante a graça haviam crido” Atos 18.27. A graça é o caminho para a fé, e para salvação.

                A carta aos Gálatas é uma apologia a graça. No começo da carta, Paulo faz um desabafo: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho” - Gálatas 1.6. Durante toda a carta faz várias referências à graça, até que no encerramento deseja que a graça do Senhor Jesus Cristo esteja com todos. Muitos dos irmãos daquela época estavam se amarrando à Lei, ao invés de mergulharem na graça. Ainda hoje muitos trilham no mesmo erro, em função de um legalismo cultural ou baseado em gostos pessoais. É preciso viver a graça, afinal somente através dela que somos salvos, justificados e redimidos. Colossenses 1.20: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus”.