terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Nem as noites mais longas são capazes de impedir o amanhecer.


                Você já deve ter estudado sobre a ONIPOTÊNCIA de Deus. O termo, embora não seja traduzido para algumas versões em português, que preferem usar TODO – PODEROSO, tem seu conceito espalhado por toda a Bíblia. Os atos de Deus não possuem limites em prestígio, poder ou grandeza. Não há quem possa impor limites a Deus a não ser Ele mesmo. Ele está acima de todas as coisas, afinal todas elas foram criadas por Ele.

                Leve esse conceito para a sua vida. Vamos relembrar a frase que abre o texto: Nem as noites mais longas são capazes de impedir o amanhecer. A expressão “Noites longas” é usada aqui para apontar horas difíceis, adversidades, percalços que são comuns a todos nós. Não há quem transite pela vida sem atravessar uma crise ou enfrentar problemas. Curiosamente esse tempo parece não passar. Alguns chegam a pensar que nunca estarão livres desse tempo de infortúnio. Quem nunca passou por isso?
                O ponto é que mesmo as noites longas são passageiras. Ainda que a escuridão tente se perpetuar o tempo da manhã chegará. Essa transição natural foi criada sobrenaturalmente pelo poder de Deus. Ele tem todo o poder. O amanhecer, símbolo de mudanças, transformações e novidades, interrompe a noite tenebrosa e injeta um novo ânimo na humanidade.
A Bíblia afirma que: “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30.5). O salmista nos apresenta a manhã como uma marca da transformação. Não se pode imaginar essa cena e atribui-la ao acaso. O poder do Senhor é revelado de maneira singular no fim do choro, na chegada do consolo e no romper da alegria. Noite e manhã são apresentados como opostos, embora Deus tenha a ambos criado.
A noite também foi obra das mãos de Deus. Temos muito a aprender nela e com ela. O seu tempo, ainda que sofrido, deve ser intensamente aproveitado. Há lições que somente assimilamos durante as noites. Quem atravessa a noite chega à alvorada bem mais forte, consistente e sabendo valorizar cada minuto do dia. Entretanto, noites podem ser perdidas se vividas longe de Deus.
Durante a noite ou ao longo do dia observe a poderosa mão do Senhor que revela amorosamente a sua ONIPOTÊNCIA. Que o Senhor continue a te abençoar!

Um abraço,

Jr. Vargas

terça-feira, 6 de setembro de 2016

10 TIPOS DE BRIGAS NA IGREJA QUE NÃO PODEM ACABAR.
               
                Há brigas na igreja. Você sabe e eu sei. É fato que existem brigas que duram muitos anos e eu espero que durem muito mais. Sim, acredite, eu oro para que algumas brigas se prolonguem por longos anos. Para explicitar a minha postura sobre as brigas na igreja, vou exemplificar, a partir do texto de Gálatas 5.17:
“Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.
                A carne briga com o Espírito e a recíproca é verdadeira. Não há como negar essa realidade espiritual. Se não existir essa briga é sinal de que alguém já venceu. A vitória do Espírito revela que a pessoa já cumpriu os seus dias e desfruta do ambiente glorificado na presença do Eterno. Entre o seu nascimento e morte, o que há é o processo de santificação, que poderia ser entendido como uma intensa briga entre a carne e o Espírito. Por outro lado, a vitória da carne indica que houve uma falência espiritual e até mesmo pessoas queridas, que antes participaram de experiências espirituais, se habituam à carne, mergulham na prática do pecado e tem as suas mentes cauterizadas (1 Timóteo 4.2).
                Bom, temos aqui duas simples possibilidades:
-         Você está vivo fisicamente, mas morto espiritualmente – a carne venceu.
-         Você está vivo fisicamente e espiritualmente – está na briga. 
A ausência da briga demonstra morte espiritual, isto é, não podemos parar de brigar. A igreja, portanto, é um lugar de brigas e vou enumerar 10 TIPOS DE BRIGAS NA IGREJA QUE NÃO PODEM ACABAR:
1.       Briga contra a falsidade.
2.       Briga contra a incoerência.
3.       Briga contra a mentira.
4.       Briga contra a fofoca.
5.       Briga contra a promiscuidade.
6.       Briga contra o orgulho.
7.       Briga contra a infidelidade.
8.       Briga contra a vaidade.
9.       Briga contra a preguiça.
10.    Briga contra a idolatria.

Cada uma dessas brigas está incluída na briga contra a carne. Essa briga não pode cessar antes de estarmos plenamente na presença de Deus. Oro para que você nunca desista de brigar contra a sua carne e peço que ore igualmente por mim.

Um abração do pastor,
Rev. Jr. Vargas

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Evangélicos nominais.



1 Pedro 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.

                Uma recente pesquisa brasileira sinalizou a existência de um novo grupo entre os evangélicos: os nominais. Estes apresentam evangélicos no nome, mas não em sua prática. O que contraria um princípio elementar do cristianismo: viver o que se fala. Há, portanto, uma crise de valores essenciais para a fé genuína e o resultado tem sido desastroso. Mas, como são ou agem os nominais?

Os evangélicos nominais querem batizar seus filhos na igreja, mas não criá-los no caminho do Senhor. Para estes, o batismo é um ritual e não um sinal visível de uma graça invisível. O batismo deixa de ter o sentido bíblico do “trazer para dentro” e passa a ser um rito. Batizar os filhos é um privilégio e uma ordenança bíblica, contudo além dele é necessário criar os filhos no caminho do Senhor. Em Provérbios 22.6, lemos: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Nada ensina melhor que a prática. Se você quer ensinar o caminho aos seus filhos ande com ele. De pouco adianta apontar o caminho se você mesmo não trilhar a mesma via. Os primeiros cristãos eram conhecidos como “os do caminho” por seguirem os ensinos daquele que afirmou ser “o caminho, a verdade e a vida”- João 14.6.

Os evangélicos nominais querem casar na igreja, mas não casam no Senhor. O primeiro milagre ministerial de Jesus foi num casamento. Mesmo não tendo celebrado nenhuma união, e não tendo casado, Cristo reafirmou o casamento como algo abençoado por Deus. Desde o Gênesis há referências a casamento, mesmo que o termo não seja usado. Jesus, em resposta a alguns fariseus, relembre este tópico em Mateus 19.4 a 6: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Casar na igreja não é o mesmo que casar no Senhor. Casar no Senhor implica em buscar crescimento espiritual porque uma pessoa madura biblicamente será um marido ou esposa melhor. Casar no Senhor não se restringe à cerimônia religiosa, mas aos valores cristãos vividos dentro de casa e ao longo da vida.

Os evangélicos nominais tem com a igreja um compromisso social e não espiritual. O sentimento de pertencimento, bênção que resulta da comunhão e amizade construída na Casa de Deus, pode ser reduzido a encontros com pessoas interessantes com quem tenho muitas coisas em comum. Para estes as relações sociais são mais importantes que as espirituais. A igreja passa a ser sinônimo de um clube, tão somente isso. Em conversa com seus discípulos em Cesaréia de Felipe, num diálogo específico com Pedro, segundo registro em Mateus 16.18, lemos: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Meu foco está na expressão: “minha igreja”. A Igreja de Jesus não pode ser somente um lugar para encontros sociais. Lembro carinhosamente do Salmo 122.1, que proclama: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR”.

Os evangélicos nominais assistem, mas não prestam cultos a Deus. Há muitos espectadores durante um culto. Alguns há muitos anos, deixaram de prestar culto a Deus com alegria e inteireza de coração. Correm o risco de cantar sem louvar e adorar, de orar de si para si mesmos, de ouvir a pregação e achá-la própria para outros, e jamais para si. Os nominais não se sentem parte de uma comunidade de adoradores, mas de uma plateia que acompanha, às vezes atentamente, a perfomance religiosa de alguns. Para Deus, como ensina o livro aos Romanos
2.11 -  “não há acepção de pessoas”. O Senhor não está mais atento à forma que ao conteúdo. O que Ele espera é um coração sincero e verdadeiro. O nominalismo, embora forte, não é imbatível. Você e eu, com a ajuda de Deus, podemos lutar para que jamais sejamos evangélicos nominais. Que nossa prática seja a mesma que nosso discurso!

Um abraço do Pastor Jr. Vargas

 

Enraizados.


 

Hebreus 10.25: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.

 
                Somos cada vez mais um pouco de tudo. Temos pouco tempo para muitas coisas, desejamos tudo imediata e simultaneamente. Esta questão nos conduz à superficialidade, inclusive na vida espiritual. Interessante observar a relação que o Salmo 1 faz sobre uma pessoa que tem seu prazer no Senhor, no verso 3, lemos: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido”. A árvore depende da água para florescer, o que só acontece quando se cria raízes. Este aprofundamento, característico de uma raiz, se opõe fortemente à cultura da superficialidade, que poderia ser definida como ausente de frutos.

                Em sua Carta a Filemom, Paulo assim se expressa no verso 10: “... sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas”. O uso do verbo gerar revela o sentido de frutificar. Onésimo foi alcançado pelo evangelho de Cristo através do ministério de Paulo. Este é mais um “filho na fé”, alguém cuja vida foi transformada por Jesus e Paulo teve o privilégio de ser o mensageiro da Palavra. Este fruto resulta de uma fé enraizada e fundamentada nas Escrituras. Este é um processo natural da vida cristã. Uma pessoa vive o evangelho e prega com palavras e atitudes.

                Vamos lembrar que o fruto depende da água e da raiz. Em conversa com uma mulher da região de Samaria, Jesus afirmou: “... aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” – João 4.14.  A água oferecida por Cristo sacia a sede e nos faz ser uma fonte a jorrar. Sem Jesus há sede e sem água a gente morre. Uma relação superficial com Deus mantém pessoas sedentas e sem a possibilidade de frutificar. A ausência de frutos revela que não há raiz.

Em Hebreus 10.25, está escrito: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. A orientação é objetiva e direta: estar em comunhão com Deus e com os irmãos é importante no processo do amadurecimento espiritual. O autor de Hebreus sinaliza que alguns, sem definir aqui os motivos, deixam de se reunir com os demais. Estes perdem a ideia de pertencimento, de compartilhar, de dividir, de cooperar uns com os outros. Ao nos congregarmos somos alimentados espiritualmente, nos unimos na adoração, clamamos ao Senhor, e, como registra Gálatas 6.2, levamos as cargas uns dos outros e, assim, cumprimos a lei de Cristo.

A Igreja de Jesus está no mundo, mas não obedece aos hábitos e costumes deste mundo. Estamos na contramão do que pode prejudicar a nossa fé. Precisamos lutar pela nossa saúde espiritual e buscar o fortalecimento na caminhada com Jesus. Ao nos congregarmos na igreja cumprimos o querer do Senhor Jesus, afinal nos reunimos em Seu nome. A assiduidade e regularidade nos cultos e o fervor com que lidamos com esse tempo poderá ser refletido num cristianismo enraizado e cheio de frutos. É o que busco e desejo para você. Feliz 2013!

Um abração,
                         Jr. Vargas

 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Filhos cheios de fé em Deus.


 


                Assim nos ensina a Palavra de Deus: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” - Efésios 6.4.

                Ninguém pode subestimar o papel dos pais na formação espiritual dos seus filhos. A Bíblia, a revelação de Deus, afirma que a criação deve ser na disciplina e na admoestação do Senhor. O conceito é de prover alimento, sustento e nutrição ao mesmo tempo em que se deve orientar e corrigir no Senhor. Entendo, portanto, que a fé dos pais é sustento para a fé dos filhos.

                Em sua obra “Estágios da Fé”, James Fowler, estabelece alguns estágios bem interessantes. Ele classifica como estágio dois a fé mítico-literal, esta envolve crianças entre 6 e 11 anos. Nesta fase há uma procura pela fé dos pais e líderes. No estágio três, fé sintético-convencional, há uma dependência da capacidade de pensar abstratamente. A fé é trabalhada na perspectiva de relacionamentos. Nesta época, entre 12 e 17 anos, pode surgir a nossa imagem de DEUS. O estágio quatro, fé individual-reflexivo, geralmente acontece na parte final da adolescência, a partir dos 18 anos. Há nesse estágio um bom questionamento da fé e de sua formação. Essa capacidade de reflexão resulta em posicionamentos firmes e fundamentação da fé.

                Em todas as fases referidas percebemos a importância dos valores adquiridos ao longo do caminho. Observe que entre 6 e 11 anos o impacto dos pais é fundamental na formação cristã dos seus filhos. É primordial que os pais invistam tempo para o estudo da Bíblia junto com seus filhos. Nada substitui a presença dos pais ao lado dos seus filhos para ler a Palavra, contar histórias bíblicas, orar e até cantar, quando possível. Além desse exercício diário e em casa é de vital importância estar com os filhos na igreja. O senso de comunidade, de aulas especiais, lições práticas adquiridas na igreja acompanharão seus filhos para sempre. Assim, é indispensável  estar presente aos cultos e sempre chegar na hora certa. Para o adolescente, estágio três, a formação de relacionamentos saudáveis é fantástica. Eles são gregários, gostam de grupos e de turmas. Esses núcleos são formados com base na identificação. Eles já têm seus grupos na escola, no condomínio e em outros lugares. Na igreja, o grupo se forma em razão da frequência e de oportunidades para a criação de vínculos, como na Escola da Palavra, em encontros, retiros e passeios. O estágio quatro anuncia um período de reflexão, onde é valioso aprender a ouvir e a buscar respostas. Ao decidir sobre bases sólidas, mesmo as mais pesadas pressões não serão capazes de mudar suas opiniões.

                Em todo esse processo, que dura muito tempo, a participação dos pais é essencial. Não podemos terceirizar a responsabilidade para outros. A igreja é também um excelente agente para ensino, fortalecimento da fé e encorajamento. Ao somarmos forças, pais e igreja, teremos filhos cheios de Deus, que saberão dizer não, quando necessário, e serão missionários de Jesus onde estiverem. Muitos pais investem financeiramente na formação intelectual e profissional de seus filhos, o que sempre é apreciável, mas não podem perder a oportunidade de ensiná-los no caminho de Cristo. Encerro dizendo aos que acreditam que o tempo passou e já não mais tem a mesma chance que outros: recomece hoje, independentemente da idade de seus filhos, fale do amor de Deus, mostre com sua vida, atitudes e através da Bíblia o maravilhoso evangelho de Jesus.

Um abração.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Enraizados.


 
Hebreus 10.25: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.

 

                Somos cada vez mais um pouco de tudo. Temos pouco tempo para muitas coisas, desejamos tudo imediata e simultaneamente. Esta questão nos conduz à superficialidade, inclusive na vida espiritual. Interessante observar a relação que o Salmo 1 faz sobre uma pessoa que tem seu prazer no Senhor, no verso 3, lemos: “Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido”. A árvore depende da água para florescer, o que só acontece quando se cria raízes. Este aprofundamento, característico de uma raiz, se opõe fortemente à cultura da superficialidade, que poderia ser definida como ausente de frutos.

                Em sua Carta a Filemom, Paulo assim se expressa no verso 10: “... sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas”. O uso do verbo gerar revela o sentido de frutificar. Onésimo foi alcançado pelo evangelho de Cristo através do ministério de Paulo. Este é mais um “filho na fé”, alguém cuja vida foi transformada por Jesus e Paulo teve o privilégio de ser o mensageiro da Palavra. Este fruto resulta de uma fé enraizada e fundamentada nas Escrituras. Este é um processo natural da vida cristã. Uma pessoa vive o evangelho e prega com palavras e atitudes.

                Vamos lembrar que o fruto depende da água e da raiz. Em conversa com uma mulher da região de Samaria, Jesus afirmou: “... aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” – João 4.14.  A água oferecida por Cristo sacia a sede e nos faz ser uma fonte a jorrar. Sem Jesus há sede e sem água a gente morre. Uma relação superficial com Deus mantém pessoas sedentas e sem a possibilidade de frutificar. A ausência de frutos revela que não há raiz.

Em Hebreus 10.25, está escrito: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”. A orientação é objetiva e direta: estar em comunhão com Deus e com os irmãos é importante no processo do amadurecimento espiritual. O autor de Hebreus sinaliza que alguns, sem definir aqui os motivos, deixam de se reunir com os demais. Estes perdem a ideia de pertencimento, de compartilhar, de dividir, de cooperar uns com os outros. Ao nos congregarmos somos alimentados espiritualmente, nos unimos na adoração, clamamos ao Senhor, e, como registra Gálatas 6.2, levamos as cargas uns dos outros e, assim, cumprimos a lei de Cristo.
A Igreja de Jesus está no mundo, mas não obedece aos hábitos e costumes deste mundo. Estamos na contramão do que pode prejudicar a nossa fé. Precisamos lutar pela nossa saúde espiritual e buscar o fortalecimento na caminhada com Jesus. Ao nos congregarmos na igreja cumprimos o querer do Senhor Jesus, afinal nos reunimos em Seu nome. A assiduidade e regularidade nos cultos e o fervor com que lidamos com esse tempo poderá ser refletido num cristianismo enraizado e cheio de frutos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O perigo do "igrejismo".


 

Mateus 16.24: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.

 

                Uma recente pesquisa aponta um número impressionante de evangélicos nominais. Um termo antigo, mas que era anteriormente somente aplicado ao catolicismo, faz agora parte do universo de milhares de pessoas que passaram a ter uma relação pontual com a Igreja. Estes frequentam a comunidade no máximo uma vez por mês, em alguns casos passam meses e até anos sem fazer parte de um culto, mas fazem questão de casar e batizar seus filhos seguindo a tradição cristã.

                Numa outra linha estão os que sofrem de “igrejismo”. Defino este grupo como aqueles que aderiram ao movimento religioso, à comunidade, a um grupo dentro do grupo, ao líder, a amigos, mas jamais tiveram um encontro real e verdadeiro com Jesus. Evidências desta enfermidade estão em uma ausência de intimidade com Deus, de leitura bíblica, de vida de oração e desejo de servir. O “igrejista” está presente em diversas atividades e pensa que isso basta para assegurar uma vida espiritual saudável. Há uma confusão de bem estar com alegria do Senhor. Para este, o teto da vida espiritual é a igreja, não o Senhor da Igreja.

                O combate ao “igrejismo” deve ser feito veementemente. Tudo começa numa análise séria, profunda e pessoal. Cada um precisa avaliar a sua relação com Deus e com a Igreja. Enquanto os evangélicos nominais vão aos cultos ocasionalmente e os “igrejistas” são mais frequentes, um e outro são sem conteúdo e a fragilidade espiritual se revela nas horas de crise.

                Vamos ao ponto: a assiduidade aos cultos é privilégio e responsabilidade de cada cristão nascido de novo. É uma honra cultuar a Deus e celebrar com alegria em sua presença. A Igreja foi instituída por Jesus e desde os primeiros cristãos há reuniões regulares dominicais, o dia da ressurreição do Senhor. Enquanto evangélicos nominais têm seus nomes nos róis de membros, mas não tem uma relação de intimidade com a comunidade, os cristãos tem prazer em frequentar as reuniões e vão com o propósito central de oferecer a Deus um culto, junto a outros que passaram pela mesma experiência transformadora. Se os “igrejistas” são frequentes aos cultos, falta a eles levar os cultos para a casa, ou seja, viver uma vida cristã também fora do ambiente eclesiástico. Este assunto é longo, mas quero apenas provocar uma reflexão sobre o assunto de seguir a Jesus. Alguns seguem a cultura religiosa, outros seguem pessoas ou grupos, mas o cristianismo prevê que Jesus seja seguido. Em conversa com seus primeiros seguidores, no texto de Mateus 16.24, o Mestre afirma: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”. Ao contrastar este texto com nominais e “igrejistas” fica estabelecida uma distância. O fato é, pela graça de Deus, que somos convidados pelo Senhor para uma caminhada séria, responsável e coerente, com Jesus, na simplicidade proposta pelo evangelho. Vamos seguir o Mestre!